Oi gente, tudo bem? Vim contar
para vocês um pouco sobre o último livro que li, a Sereia. Ganhei o livro de
presente de aniversário no ano passado, sim, quase um ano atrás, mas só
consegui ler quando as coisas ficaram mais tranquilas na faculdade.
Após o grande sucesso que foi a
série A
Seleção, Kiera Cass foi convidada a republicar a sua primeira obra,
A Sereia. Ela aceitou o convite e reescreveu a história, incluindo cenas
inéditas e algumas mudanças na vida de alguns personagens.
Para o desespero dos fãs da
autora, a capa do livro foi fotografada na Praia do Espelho, localizada na
Bahia e a nova edição ainda conta com uma cartinha que foi escrita exclusivamente
para todos os fãs brasileiros.
O livro possui 320 Páginas, que você lê sem perceber, ansiosa pelo o
que está por vir. Ele foi publicado
pela Editora Seguinte.
Kahlen,
uma jovem de 19 anos, viajava com sua família quando de repente, o navio
em que eles estavam foi atingido por uma misteriosa tempestade que vinha
acompanhada por belas vozes femininas. Desesperada, ela implora pela vida e a
Água lhe oferece uma segunda chance em troca de 100 anos de servidão.
Ao aceitar a proposta, Kahlen se
transforma em uma sereia, sem calda, e ganha novas irmãs que a acompanharão
durante essa nova vida. As sereias são meninas encantadoras, que chamam a
atenção por onde passam e ainda não envelhecem e nem se machucam. Mas precisam
tomar cuidado, pois a voz delas é fatal para os humanos, apenas uma palavra é o
suficiente para atraí-los à Agua.
Mas essa nova
vida não é tão simples. De tempos em tempos, elas precisam utilizar a bela e
mortal voz através de canções para atrair as pessoas para o fundo do mar e
assim, alimentar a Água, evitando a sua fúria e a possibilidade de ela causar
desastres ainda maiores. Após os 100
anos, elas recebem uma nova vida humana, sem lembranças dos tempos de sereia.
Kahlen já
cumpriu 80 anos de sua servidão e durante esse tempo, sempre foi uma sereia
obediente, dedicada e ajuizada, sempre tentando colocar suas irmãs, Elizabeth,
Miaka e Aisling na linha e garantir o segredo delas. Para evitar desconfianças, elas precisam se
mudar constantemente.
Apesar de elas “viverem
bem” entre os humanos, Kahlen se sente incompleta e culpada por todas as vidas
que teve de tirar e não sossega enquanto não descobre informações pessoais
sobre todas as suas vítimas. Ela viveu
em um período bem diferente dos tempos atuais, um período em que as moças
sonhavam em se casar com bons rapazes. Por isso, ela se pergunta se um dia,
após a sua sentença, ela vai encontrar alguém especial e viver feliz para
sempre, como nos contos de fadas.
Em um belo dia, Kahlen
tenta se distrair na biblioteca de uma universidade, quando Akinli, um garoto
gentil e carinhoso, puxa papo com ela. Ao perceber que ela não fala, ele não se
incomoda com o silêncio e encontra outras formas para eles se comunicarem.
Akilin é tudo o
que ela precisava para voltar a ter esperança, contudo, a Água não permite que
elas se apaixonar por um humano. Então, Kahlen tenta esconder o sentimento, o
que é bem difícil de se fazer quando a Água pode ler os seus pensamentos se
elas estiverem conectadas pelo contato com o mar, uma poça ou até mesmo um
floco de neve. Se isso acontecer, Kahlen terá que abandoná-lo.
Sonhando com
sua liberdade que acontecerá em 20 anos, ela precisa decidir se é possível
manter o relacionamento e o segredo longe da Água.
Eu gostei muito
da história, me senti presa, super curiosa para saber qual seria a decisão de
Kahlen e o que a Agua faria caso ela se arriscasse e vivesse esse amor
proibido. Confesso que fiquei com muito medo do que a Agua faria com Akilin para
punir a desobediência dela e cheguei a pensar que ela poderia até tirar a vida
dele...
A história não gira apenas em
torno de Kahlen. Ela mostra também o modo de viver de suas irmãs, que são bem
diferentes dela, adoram festas e baladas e também da Agua, que demostra ser uma
mãe super protetora, rígida, pune as meninas quando necessário, mas também é amável.
Adorei a forma de como a autora descreve os personagens e impossível não se apaixonar
por Akilin.
A autora
apresenta a mitologia das sereias que já conhecemos, mas mostra alguns detalhes
que pouco ouvimos falar. As sereias são conhecidas por atrair os homens, mas você
já parou para pensar como seria o dia a dia delas? Será que vivem sozinhas? É possível
que se misturem entre a população sem que percebamos?